A obesidade é uma doença que representa atualmente um dos maiores problemas de saúde pública do mundo e é responsável pelo aumento do desenvolvimento de doenças crônicas e pelo aumento da morbidade/mortalidade. Trata-se de uma doença multifatorial que necessita de estratégias multidisciplinares para combatê-la. A alimentação ocidental tem demonstrado relação direta com aumento de peso, por conta da grande quantidade de carboidratos ingeridos, sendo esse macronutriente responsável pela maior oferta de energia na alimentação do indivíduo. Dentre as estratégias nutricionais, vem se destacando atualmente as dietas restritivas de carboidratos. Preconiza-se redução da ingestão de carboidratos e aumento da proporção de proteínas e gorduras, com consequente menor estimulo à secreção de insulina quando comparado a dietas tradicionais. O objetivo é reduzir a secreção de insulina, aumentar a oxidação de gorduras – utilizar gorduras como fonte energética e preservar a massa magra corporal.

A dieta low carb ou baixo carboidrato fundamenta-se na redução das quantidades de carboidratos, de forma que esse macronutriente não seja mais o de maior quantidade na alimentação, comparado ao que se utiliza nas orientações nutricionais tradicionais (DRI’s), enfatizando a produção de energia para o organismo através do consumo de proteínas e gorduras.

O que é a Dieta Low Carb

Dietas com baixo teor de carboidratos ou Low Carb diet (LCD) são definidas como ingestão inferior de 200g de carboidrato por dia, usualmente entre 50 e 150g por dia ou abaixo de 40% da energia advinda do carboidrato (PERRONI, 2017).

Recomenda-se a redução da ingestão de carboidratos e aumento da proporção de proteínas e gorduras. A proteína promoveria elevação do gasto energético, preservação da massa magra e aumento da saciedade.

O princípio da aplicação da dieta pobre em carboidrato fundamenta-se no fato de que havendo uma grande restrição de carboidratos, haverá início de Cetose e oxidação lipídica, causando um efeito de saciedade e um aumento do gasto energético, fatores que devem promover um balanço energético negativo e consequente perda de peso (ATKINS, 1992 apud BREHM et al, 2003).

Quem se beneficia da dieta Low carb

De acordo com Xavier (2017), a dieta Low Carb vem ganhando força pelo seu potencial efeito na perda de peso corporal, apesar de também serem aconselhadas para doenças como Epilepsia, Diabetes Melito tipo 2 e Ovário policístico.

Diferença entre Dieta Low Carb e Dieta Cetogênica

Em pesquisa, Low Carb é frequentemente classificada como menos de 30% de calorias vindas de carboidratos. A maioria das dietas Low Carb moderadas consiste de 50 – 150 g de carboidratos por dia, um valor bastante alto de proteína e ingestão de gordura moderada a alta.
A dieta Cetogênica (KD ou VLCD) é um tipo de dieta Low Carb, mas com maior restrição de carboidratos, tendo máximo de 50g de carboidratos/dia (usualmente 30g carboidratos dia) ou 10% do valor energético provenientes dos carboidratos.

Principais alimentos utilizados na dieta Low Carb

Ovos, carne de vaca, cordeiro, frango, carne de porco, bacon, peixes e frutos do mar, salmão, truta, sardinha, crustáceos, brócolis, tomates, couve de Bruxelas, couve – flor, couve, berinjela, pepino, pimentões, aspargo, abacate, azeitona, morango, limão, framboesa, oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas, amendoim, macadâmia), azeite extra virgem, óleo de coco, água, café, chá, ervas, especiarias e condimentos são os principais alimentos utilizados na dieta Low Carb.