A cefaléia migranosa ou enxaqueca é considerada a dor de cabeça que mais contribui para incapacidade em indivíduos com menos de 50 anos no mundo.
É muito importante que o paciente com essa condição faça uma observação retrospectiva para avaliar os hábitos que antecederam as crises. Alguns fatores como privação do sono, longos períodos de jejum e alimentos como chocolates, queijos, café e álcool podem funcionar como deflagradores da dor.

Vale lembrar que a criação de um diário de crises é a melhor forma para que o paciente possa relatar esses dados e dividir com seu médico.
Um estudo* recente mostrou que dietas como a cetogênica, dieta de Atkins modificada e até a com baixo índice glicêmico promovem melhora na função mitocondrial e metabolismo energético, compensam disfunção serotoninérgica com melhora do humor, reduzem níveis do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) envolvido no mecanismo da migrânea e melhoram a inflamação, exercendo um efeito neuroprotetor.
Outra recomendação inclui o equilíbrio entre a ingestão de ácidos graxos essenciais ômega-6 e ômega-3 que estão envolvidos na resposta inflamatória, adesão plaquetário e tônus vascular.
A observação do tipo de dor e seus fatores desencadeantes podem ajudar no controle das crises além de fornecerem dados importantes para que seja feito o diagnóstico correto.
Você sabe como é feito o diário de crises?
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Confira!
*Fonte: Razeghi Jahromi, S., Ghorbani, Z., Martelletti, P., Lampl, C., Togha, M., & School of Advanced Studies of the European Headache Federation (EHF-SAS) (2019). Association of diet and headache. The journal of headache and pain, 20(1), 106. https://doi.org/10.1186/s10194-019-1057-1